sábado, 7 de novembro de 2009

Indubitável futilidade servil..



Não tão fino como grosseria,
nem tão são quanto a loucura.

Qualquer coisa que não seja particular,
Pois quando é sabido por mais de um...,
a coisa toda já existe.
Em pele de cordeiro ou não,
desmedido ao sim,
propagando senão,
enquanto, para indivíduo de um até...

É assim que se faz,
É assim que se cria,
louca e desproporcionalmente.

O pensado é chato,
quem o pensa também.
Convenhamos que os almofadinhas tem até um certo charme,
e o meu é não gostar-lhes a cara dura!

Enquanto as cores se misturam a selvageria da realidade,
o padrão, com seu óculos redondo explica:
no mundo, só tem gente estupida ou careca.
Os estúpidos não aprendem,
E os que aprendem, estão carecas de saber.

Mas lá vem as modelos com seus lindos penteados,
Estupidas?
Não!!!!
Lindas??
Sim!!!
Eu também quero transar hoje a noite...
o que será que elas gostam de ouvir?



sábado, 19 de setembro de 2009

Sexta camada...


Consumi demais,
Então ela veio, ... descalça,
Libertina, vestia o curto do vestido que lhe torneava as pernas,
Numa das mãos, ... aceno,
noutra, ... luxúria.

Em meu penúltimo trago em confusão, ... a sós,
devorado como madeira,
Inflamei em poesia e pecado,
A traça pequena foi quem me disse,
pego-lhe hoje sem culpa alguma,
pago depois, ... respondi.

E ninguém a via, mesmo intuindo,
o grito vindo da janela aberta,
grunhidos, gemidos, ... eu e ela,

Num casebre de esquina,
feito em frente a outro parque,
de balanço frouxo, desabitado,
com poços sem águas cristalinas,
e sem lei,
Ia e vinha, enquanto me dominava,
desde o toque suave da pele,
a nostalgia, .. penetrava,

A cada centímetro do corpo, ... celestial,
era cada vez mais demonio,
Seus mamilos, cheiro e sangue,
eu a consumia, como se estivesse matando,
queria devorar cada parte, .. possuir,
arrancava-lhe o cabelo enquanto sorria,
nada permitia que parasse,
eu era apenas calor,
nosso sexos, ... um.

Enquanto eu deixava de existir,
Já não distinguia o prazer e meu reflexo no espelho,
um anjo de luz sorriu pra mim, ... venha,
Me levou junto.
De solslaio, indo embora, eu a vi, ... excitado,
dizendo adeus, comendo-a com os olhos,
Ficava para trás enfurecida como o diabo,
eu subia ao céus em velocidade absurda,











quarta-feira, 9 de setembro de 2009

Preto e branco...




É engraçado,
cada um de nós percebe exatamente o quer quer do mundo, quer dizer,
construímos o que queremos.
Nós nos consumimos em nossos relacionamentos desgastantes, sugando energia uns dos outros como vampiros famintos.
E ainda sim, com sangue escorrendo pelo canto dos lábios, sorrimos à ingnorância salvadora que, dia após dia, é convidada a ficar.
Ninguém liga pra nada e sem exagero, cuidamos muito bem de nossos próprios narizes.
Indiscutível, não?
Nesse mundo grande, onde nos escondemos atras da existência dos outros, o esperto é quem ganha.
Ganha quem se defende primeiro, e a melhor defesa é o ataque.

Custo a encontrar sentido, encontrar alguma motivação que me leve a algum lugar. Escritor, músico, poeta...
Me recuso a viver nesta cegeuira mas também não quero partir só, mas não consigo me comunicar, explicar o caminho que alguns olhos ainda não podem ver.
E no fim acabo sendo como tudo, cheio de medo, procurando uma resposta estampada em minha testa. Entretanto , momentos como este em que escrevo essas palavras são singulares, inestimáveis e extremamente valorosos. Sou grato por ser eu mesmo.

Algum dia você estará num diálogo interno, entre você e o seu "eu" . Ao cruzar uma esquina irá olhar dentro dos olhos de um outro ser humano, e perceberá que ele sabe o que está passando, aliás, saberá que o homem sabe muito mais sobre todas as coisas.

Bem vindos ao novo mundo...

domingo, 23 de agosto de 2009

Amor no hospício


Uma estranha chegou,
A dividir comigo um quarto nessa casa que anda mal da cabeça,
Uma jovem louca como os pássaros,

Que trancava a porta da noite com seus braços, suas plumas.
Espigada no leito em desordem.
Ela tapeia com nuvens penetrantes a casa à prova dos céus

Até iludir com seus passos o quarto imerso em pesadelo,
Livre como os mortos,
Ou cavalga os oceanos imaginários do pavilhão dos homens.

Chegou possessa
Aquela que admite a ilusória luz através do muro saltitante,
Possuída pêlos céus
Ela dorme no catre estreito, e no entanto vagueia na poeira
E no entanto delira à vontade
Sobre as tábuas do manicômio aplainadas por minhas lágrimas deâmbulas.

E arrebatado pela luz de seus braços, enfim, meu Deus, enfim
Posso de fato Suportar a primeira visão que incendeia as estrelas.
(Dylan Thomas)

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Quatro cantos...




Eu queria ver os astros,
O escuro e o silêncio largado aos quatro cantos,
Fazer companhia somente as estrelas,
Deixar os meus gritos ecoarem no espaço,

E flutuar por mil anos com endereço errado,
Ver a terra por um retrato de bolso amassado,
Quando eu tiver esquecido vai valer a pena,
Esses dias estranhos que não saem mais de cena,
Nos jornais, na Tv falarão do homem do espaço,
Da minha dor e de minha exclusão.
E do fim dos dias que para mim ainda não foi,
E pra me compreender,
farão biografia do meu amor.

Há cinco mil anos do regresso programado,
sem meus passos, sem seus beijos imaginários,
Eu conjuro sua imagem com o sangue em minha veias,
Aprisionado no amor de suas teias,
E do resto, somente flores e alguns dias de sol,
O perfume e o tom da sua voz,
Um sorriso e um abraço acolhedor,
Esperando acordar,
e temendo o amanhacer.
É estranho, eu sei, mas parti para encontra-la.
Nessa estranha jornada cruzando a galáxia,
Pois sem mundo, meu mundo é andar pelas estrelas,
Procurar vestigios seus em outro planeta.
E quem sabe você não me queira no escuro do mundo,
Vindo me iluminar,
com seu brilho e amor profundo,
E no fim do tunél háverá uma espaçonave,
E você estará lá,
Então tudo fica bem,

Há cinco mil anos do regresso programado, sem meus passos,
sem seus beijos imaginários,
Eu conjuro sua imagem com o sangue em minha veias,
Aprisionado no amor de suas teias...

quarta-feira, 8 de julho de 2009

Noites em Toril...


Aos olhos dele as coisas eram diferentes...


" ...e chegaram ao vilarejo em chamas. Haviam corpos carbonizados, casas destruídas e apenas um homem armadurado. Ele procurava algo em meio aos destroços, parecia ser o causador de tudo aquilo. Enquanto todos prezavam por suas vidas o Paladino via nas chamas o augúrio do que estava por vir. Cavalgou alguns metros a frente e inquiriu o homem que com toda sua imponencia o encarou..."


"... ele implrou a feticeira que libertasse a alma de Krier o armadurado, para ele não importava os atos do homem e sim sua salvação. Ela sorria e brincava com o corpo vazio, ordenava-lhe que empunhasse suas armas e atacasse, depois diza não estar certa, então fazia-o pular num pé só. A Feiticeira protelaria a situação até conseguir o que queria, e o que queria era um filho do tão nobre Paladino..."


"... em sua primeira noite de prazer onde deveria haver tormento, o paladino encontrou a paz. De alguma forma a feiticeira fora convertida a luz, e a alma de Krier como o prometido, devolvida. Alguns poucos homens entendiam a predileção da luz, outros ainda se perguntavam porque o paladindo resolvera intervir naquela situação...."

( Akamaru Akatsui - O paladino, a feiticeira e o armadurado. )


quinta-feira, 2 de julho de 2009

Iniciativa aprimorada...


Já não tenho o que dizer.
Entendo o motivo pela qual as pessoas enegrecem.
Vivo a vida sendo sincero apenas comigo mesmo,
ainda desleal, pra ser honesto.
Meu dias não tem mais parâmetros, horários ou definições,
Qualquer hora é hora e as horas são cenas repetidas,
reorganizadas tantas vezes nesse principo eterno,
sem chegada ou ponto de partida.
Estou desgostoso com o novo,
apaixonado pelo velho,
essa singular forma de ver tudo como vejo,
Já consigo sorrir desfalecendo em transe,
cansado de pensar a todo instante.
Eu sei, preciso me divorciar de meus modos,
dizer adeus para esse meu canto,
onde o nada é um milagre,
um arco-iris de cores cintilantes.
E o que faço com tudo que tenho?
Quem vai regar as flores que plantei?
Minha covardia é não seguir em frente,
por todos os caminhos onde passei.
Vou esperar aqui sentado pela tempestade,
que os furacões venham me levar,
tenho medo do frio da chuva,
por isso me procure no aconchego do meu lar.
E quando chegar não bata a porta,
entre vá em frente, faça.
Pode ser que no mesmo instante,
eu corra de medo e isso não tem graça.

Se quiser, estarei aqui,
podemos esperar os trovões passarem,
e eu lhe faço algo quente pra beber,
mas só se prometer ficar.
Eu sei, não vai ser novela,
nem vai rolar um final feliz.
Esse é mesmo o meu problema,
me encontrar no início e nunca no fim.
Vou esperar do seu lado,
o que há pra se esperar,
Não me diga o que se passa,
eu não preciso saber,
só preciso estar...


domingo, 7 de junho de 2009

Onde está tudo que "você" quer..

É um pensamento interessante a singularidade dos poetas.
Quando uma poesia é feita o autor procura tocar em específico uma sensação, um sentimento.
Hoje escutei algumas músicas e fui para longe de mim.
Em algum canto do meu eu estava escondido um lugarejo antigo,
Uma lembrança nostálgica do mundo...

"Talvez estivesse lá pra me tranformar no que "lhe" faz bem.
Quais são as cores do poema?
E as coisas que lhe agradam?
O que faço pra "lhe" prender?
São gestos, são gostos quase intrusos,
São mãos e rostos sentimentos profundos,
Minha eterna paz
Quais são sonhos?
As vezes me esqueço por alguns segundos,
Em outros me lembro mais.
A face oculta em beco escuro,
A silhueta do meu bem estar.
O sol iluminando o vazio sombrio,
Em volta dos campos onde existe ar puro,
Esperando "você" chegar.
Quais são os sintomas dessa sensação?
E os sons que o corpo emite?
Quais os detalhes que só perceberei ao viver?
Os segredos dos sábios?
O que será que eu quis dizer?
Meus pés, meus pulsos, meu mundo.
O que querem dizer?
E o escuro?
O "seu" escuro.
Tudo o que "você" quer.
Meu peito, meu colo, meu juízo.
Em que lugar está?
Algo pra faze-"la" pensar em mim
Como eu penso em "você". "

Se destes sentimentos forem feitos palavras nascecerá um momento igualmente como as linhas acima. Não há razão nem regras, são palavras turvas em linhas retas. Soltas e leves como o ar.

Inominável como tudo que é novo deixo apenas "sua" alcunha...

"Onde está tudo que "você" quer..."

Consegue ver?

quinta-feira, 28 de maio de 2009

Demonio interior...

Hoje escuto novamente seu sussurro.
Há mil anos de seu confinamento a lápide já tarda em ceder,
é o que ele me diz todos os dias.
Revejo tantos sons que juraria nunca ter escutado,
E de alguma forma eles continuam encrustados em mim,
em minha alma.
Minha vontade se recusa a crescer com meus medos.
Meus medos se recusam a partir.
Eu me recuso a participar dessa guerra,
mas aceita-la, infelizmente, é tudo que posso fazer.
Eu gostaria de partir e também ficar.
Gostaria de não saber e gosto de saber.
Sou seu alimento mais eficaz.
Dentro de mim ele cresce como um verme,
esperando por migalhas de fraquezas,
sem caráter nem vergonha,
um débil e repugnente mal.
E a cada dia que me pareço mais com ele,
vou me sentindo assim.

Abrimos portas que não podemos fechar
acendemos luzes que não podemos apagar,
aprendemos conhecimentos que somos impedidos de esquecer,
e descobrimos verdades que sempre tem de ser cumpridas.
Caminhos sem volta.
Escutei as harmoniosas harpas angelicais,
senti a textura das asas celestes com minhas mãos,
consumi da paz divina e me fartei dela.
Tudo tão mas vivaz que a mesquinharia do cotidiano...
A gnose, sensações que não se explicam com palavras,
tomaram todo meu vocábulário.
Agora não posso falar em "felicidade",
posso somente ser feliz.
E esse caminho mirífico que descobri,
me levou ao ponto que me faz tremer...
Preciso partir...
Deixar meus velhor hábitos,
morrer e renascer.
Eu sinto tanto medo disso...

" Não dispare esse sorriso estúpido demonio,
por hora minha fraqueza o alimenta,
por hora.
Ainda que fraco, eu sei da existencia de um plano maior,
feito de energias que você não pode compreender.
Eu sei, é inútil dizer-lhe tais coisas,
mas em mim,
chegará o dia em que sua face horrenda viverá a imagem de uma bela flor...
Até lá...
Delicie-se com a rebarba do caos instalado em meu ser,
pois o anjo em mim ainda dorme.
Está escrito nós céus...
Ele irá despertar..."

sábado, 16 de maio de 2009

Outras versões de mim.

Eu adoraria pintar um quadro,
E ainda mais,
Compo-lo em uma canção.
Seria em Dó maior,
Só teria que encontrar um cantor.
Eu adoraria cantar,
E ainda mais,
Fazer poesia de minha voz,
Só precisaria encontrar um poeta.
Não é tão dificil assim...
Eu gostaria de descrever o vento e a alma,
Gostaria de pintar os quadros de minha imaginação,
Reproduzir a trilha sonora de meus sentimentos,
Conectar-me aos outros, sem ser pela razão.

Em minha porta agora bate...você,
Pois se pensar em mim,
estarei dentro de seus pensamentos.
Talvez queira um pouco de privacidade,
mas,
que mal posso lhe fazer?
Se me conhecesse assim por inteiro,
digo,
como eu me conheço.
Saberia o quão bem lhe quero.
E que das pretensoes,
Amizade, intento e amor.
Claro, você talvez guarde segredos,
digo,
em seus pensamentos.
Então entendo o fato de não me querer.

Dessa privacidade descabida,
minha e sua...
Morrem os quadros que pintei com a imaginação,
Os sons que fiz com meus sentimentos,
a poesia que senti ao ve-la.
Pois jamais ninguém vai saber.
Sente o mesmo que eu?
Eu estou ou não em seus pensamentos?
Vai entrar ou não nos meus?
De nada vale ficar aí,
compondo outras versões de mim...

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O passageiro branco...

Como mil vozes escondidas,
Sussurrando:
"Isso é quem você é..."
E você luta contra a pressão,
a necessidade crescendo como uma onda,
perfurando e insistindo,
cutucando para ser alimentada.
Você resiste.
Mas o sussurro fica mais alto.
Até gritar:
"Agora!"
E é a única voz que você ouve,
a única voz que quer ouvir.
E você pertence a isso,
A essa sombra própria.
A este passageiro branco.

Eu só sei que existe algo reluzente em mim,
e eu escondo,
Certamente não falo sobre ele,
mas está lá, sempre.
Esse passageiro branco.
Quando ele está dirigindo eu me sinto vivo,
meio mal de ter essa sensação de estar totalmente certo.
Não luto contra ele,
não quero.
Nada poderia amar tanto,
nem eu mesmo.
Ou seria só uma mentira que o passageiro reluzente me conta?
Existem momentos ultimamente em que me sinto conectado a algo a mais, a alguém.
É como se a máscara caísse,
coisas e pessoas que nunca tiveram importancia,
passam a ter...

sábado, 9 de maio de 2009

9 segundos..

Há quem consiga ser o vento,
Sentir-se leve e em movimento.
Imagine-se,
Suave,
Refrescante,
Livre...

quinta-feira, 7 de maio de 2009

Início, meio e fim..

Tolas são as mentiras que contamos a nós mesmos.
Essa hipocrisia que nos permitimos apoiados a normalidade.
Veja bem,
Quantas vezes agimos em prol de um sentimento ruim?
O ciúme percorrendo as veias e nossas decisões tomadas por ele.
A raiva e a satisfação com agressões verbais.
A angústia e o mártirio tão sabiamente definido como vitimização.
E ainda acreditamos ser donos de nossos prórpios narizes.
A sabedoria mais útil de qualquer ser humano,
é o conhecimento de seu próprio ser.
Reconhecer o sintoma que bate a porta,
E ter desprendimento para utiliza-lo,
ou passar a vez.
Ignorancia é rotular-se de uma só maneira,
Utilizar-se de sua feição mais severa,
E protelar absurdamente dizendo: Eu sou assim.
Você não é assim,
ESTÁ assim.
Nós somos conciencias brilhantes em estados infinitos.
Abdicar dessa exclusiva capacidade mutante é aprisionar-se na sombra de seu próprio eu.
Lembre-se
Quem vigia o preso também é prisoneiro.
E ainda mais,
Quando foi que esquecemos nossa responsabilidade em sermos livres?
Quando foi que aceitamos vender o que não tinha preço?
Quando foi que por egoísmo, escolhemos o conforto a bondade?
Facas,
Alguns usam para matar,
Outros para cortar legumes.
Sendo assim chegamos ao que chamo de intrumentos.
Amor, instrumento de felicidade,
Ciúme, intsrumento de insegurança.
Raiva, instrumento de nossa auto importancia.
Esperança, plantio idubitável de felicidade.
Ainda sim existe a oposição.
Amor, apego.
Raiva, intrumento de entendimento por imposição,
Cíume, precaução
Mentiras, necessárias
E um emanharado de outras tolices.
Ao viver a vida não basta viver,
É necessário calibrar o foco de nossas intenções,
E então colher.
Frase significativa,
" O plantio por livre arbitrio é livre, a colheita por justiça é obrigatória. "
Podemos plantar o que quisermos,
Cíume,
Inveja,
Traição,
Maldade...
Teremos que colher cada uma dessas sementes.
O bom universo, graças a Deus (rsrsrs), faz a regra se aplicar a tudo mais,
Amor,
Esperança,
Gratidão,
Bondade...
Os homens mais felizes que conheço, são aqueles que cultivam com diciplina o que querem colher.
A divina fartura de suas fazendas emocionais.
Cada um tem seu tempo,
E talvez ainda não seja a hora de despertar,
Um conselho?
Aprenda primeiro como ser feliz,
Depois disso,
Seja.

quarta-feira, 6 de maio de 2009

Fogo-Fátuo

Branca como a neve,
de vestido longo, descalça.
Cabelo preto, escorrido a altura dos ombros largos,
e o corpo lascivo.
Um gramado vasto,
de céu azul celeste.
Vento que toca a pele com suavidade,
é manhã.
Ela corre segurando a cesta das flores que escolheu,
rosas, assim como ela.
O paraíso.
Em minha volúpia mais íntima,
talvez, invasora de sonhos,
talvez real,
Meu corpo acorda chamado pelo torpor...
Há quanto tempo não desejava?
Há quanto tempo não consumia...
E o gosto dos lábios fica como impressão,
o tato da pele,
o cheiro do pecado
essa grande conspiração.
De louco somente o querer,
essa mania de cegueira que me assola,
que me corrompe, mas não a ela.
Pois querer-me é poesia,
e quere-la é pecado.
Como estamos é magia,
De outra forma, é pouco caso.

terça-feira, 5 de maio de 2009

Sistemas de cognição.

Como explicar a um cego o que é a cor azul?
Como, em palavras, descrever o cheiro de um perfume?
Como descrever perfeitamente o sabor de um abacaxi?
Ou a textura de uma pele macia?
Esse é realmente o problema...
É estrondosamente difícil explicar a experiencia de um sentido com outro.
Quer dizer,
Os cegos podem não acreditar no azul.
Como provariamos a existencia da cor do céu a eles?
E se por mais que tentassemos, eles continuassem a não acreditar?
Seriam realmente ignorantes, pois estou certo que o azul existe!
Acreditem quando digo, possuímos essa mesma ignorancia.
Assim como estou certo sobre o azul, sei que existem mais que cinco sentidos.
Os médiuns por exemplo,
Tem desenvolvido um sentido que os permite captar diferentes frequencias,
Para nós invisível,
Para eles normal.
Há quem não acredite, isso é certo.
Não seria esse o azul para os cegos?
Como explicar com a razão coisas que não se explicam por ela?
Milagres por exemplo.
Temos o péssimo hábito de explicar tudo.
Entretanto existem coisas inexplicáveis.
A razão é apenas um sitema de cognição,
Existem outros.
A prova disso é o azul,
O perfume das rosas,
A música.
E até a mediunidade.
Talves ao ler isso você não entenda,
Qual sistema cognitivo está usando?
Ele talvez não seja o mais adequado para a tarefa.
Não desista até encontrar todos o que puder,
Afinal, o azul é belo demais,
Seria um sacrilégio não percebe-lo.

terça-feira, 28 de abril de 2009

Entre mentes e espadas.

Estou farto de romances,
Dessa vida que conduzimos diretamente ao "amor"
Pois do verdadeiro amor nada existe nesse caminho
E estou atras do amor de verdade.
Estou farto de minhas desculpas sinceras
Desse erro repetitivo que insisto
Já chegou a hora de fazer o certo,
chegou a hora de liberdade.
Ao enxergar quero verdades,
Não as que me agradem,
mas sim verdades.
Quero ignorar minhas futeis necessidades
E endender de uma vez por todas o mundo que me cerca.
Não me esqueço de minha resposabilidade,
perseguir todos os dias com a disciplina mais severa,
o caminho estreito da felicidade.
E os bordões serão lançados com extrema habilidade,
O atos estarão no roteiro do universo,
Minha alma se elevará,
Aí então poderei dizer adeus,
Mesmo isso parecendo tão triste.
Quem aprende a ajudar, aprende que deve aprender a maneira certa,
E a maneira certa é aprender,
Aprender cada dia mais, de uma forma melhor,
a ajudar.
Eu sei que no caminho meu corpo protestará,
com saudade e sentimentos bons,
Mas esse será meu vicio falando.
A dor de cabeça me visitará num stress,
mas será passageiro.
Redescobrirei a vida,
e da vida,
farei mais dela.
Um pouco mais por mim.
Um pouco mais por todos.
E dos dias como os de hoje,
lembraças de um passado conturbado,
bonito.
Integralmente o caminho que me torna quem sou.
Até lá,
Largo as mãos que tanto amo,
abafo o som de meu coração,
para que nada mais seja apego.
Eu já estou farto de romances...

quinta-feira, 23 de abril de 2009

A poesia do dia...

Palavras algumas vezes não servem,
Ações fazem toda a diferença.
E o sentimento é o silêncio,
parece que nada mais precisa ser dito,
tudo está bem.
Por hora.

Lugarejos...

Tratando o mal com o mal,
o bem com indiferença,
assim caminhamos.


O minino múltiplo comum tornou-se pequeno,
e de pequenas formas foi esquecida a grandeza.
Quer dizer,
Que outra maneira haveria?


Ainda existem aqueles que respondem pelos outros,
homens e mulheres nada dispostos a nada.
Quer dizer,
o mundo está pronto,
nós temos que aceita-lo,
nada vai mudar.


Como é possível que existam tantas realidades bem diante de nossos olhos?
Quais as chances de não as percebermos?
Quer dizer,
quer dizer, nada!
deixa pra lá.


Nas entranhas o pesadelo da paz,
Um silêncio que assusta,
por vezes ensurdece,
Mas somente aqueles que temem a si.


O curso intensivo do, até então, "restinho" apelidado de felicidade,
é a chatisse dos dias atuais,
Definição de Felicidade:
"É poder estar no lugar em que se quer, na hora em que se quer."
Defiir felicidade de outro modo é restringi-la,
mas viva o live arbítrio.


Conceitos básicos de uma humanidade tão escancarada,
perdidos em tolices e ciumenteiras,
Construímos egrégoras que nãos nos orgulhamos,
Batemos no peito: Prazer! somos humanos.


E termina assim ao final de cada dia,
a cada sol,
a cada caldeira,
Está pronto o elixir da vida,
feito felizmente de tantas bobeiras...

quinta-feira, 16 de abril de 2009

Éramos onze e um só...

Eu tive um sonho estranho,
Das coisas que conhecia, desconhecia todas elas
As flores cobriam todo o solo.
O sol aquecia vindo dos olhos de cada um.
O bem e o mal eram os mesmos
Alguns possuíam belas asas.
Outros nem pele tinham.
O dia era metade dia, metade noite
Não existia nenhum lugar, pois tudo era a mesma coisa.
Relógios eram proibidos.
Ninguém me falou do tempo.
Aqueles que não sabiam voar, eram guiados por uma esfera luminosa.
Eu conheci uma delas, gentil demais.
O ar era um aroma delicado.
Quando eu me enfurecia cheirava a enxofre.
Mas logo vinha a chuva que me acalmava.
Existia uma luz no horizonte,
Certo momento do dia, todos contemplavam tamanha beleza.
Eu tinha dois amigos.
Eles tinham mais quatro, cada.
Revezavam entre si, me ensinando coisas sobre o mundo.
Aprendi melodias que não se ouve, se sente.
Aprendi a língua dos pássaros dourados
Dos peixes observadores.
E a escrever com a ponta do dedo.
Esqueci a vibração do medo e da derrota.
Algumas estrelas concediam desejos.
Concederam-me milhares.
Elas pediam que eu desejasse ficar ali.
O vento soprava em meu ouvido que eu não deveria.
Mas se eu quisesse...
Despedi-me delas,
Ensinaram-me que ali não havia despedias.
As borboletas protegiam as crianças.
As crianças me protegiam,
Voei com elas por toda a parte.
Cavalgamos em unicórnios de luz.
Por fim adormeci.
Então tive um sonho estranho.
Eu tinha dois amigos.Eles tinham mais quatro, cada.
Ensinavam-me a partir
Sem chorar.

Pequeno notável...

Embolado em palavras, sentidos que nunca são tidos
Expressões específicas de um mal interpretado assunto,
Verdades tão puras, sem apuração aparente,
Questões filósoficas sem ter quem as pense.

E ainda sim, nada para se compreender.

Eu a carrego,
No drama da noite, algo acontecendo,
As lágrimas da perda,
A euforia da fuga,
A descoberta do novo.
Eu a carrego até não poder mais.
Aí então amanhece,
Pães torrados e leite quente,
Generosos em fazendas distantes,
Acho que aqui não é o fim do mundo....

quarta-feira, 15 de abril de 2009

De repente tudo muda, mas quem muda é você...

Hoje quando acordei o mundo parecia diferente,
Frio como muitos dias, ainda sim diferente.
Meu banho me lembrava algo que não sabia descrever, e se quer saber, ainda não sei.
A escolha das roupas, a programação da tv, tudo conspirava na sensação estranha.
Eu sentia uma intimidade descabida com um dia que eu nem conhecia. Ele se pintava de dia mais feliz de minha vida. Como se eu o houvesse esperado por anos.
O mundo era o mesmo, ainda sim diferente.
Eu mentiria se dissesse que essa sensação não era agradável, ou que me incomodava. Ao sair de casa me senti desperto como nunca. As árvores pela primeira vez, pareciam árvores. Os sons eram eles mesmos, sem nem mais um adjetivo. Cada coisa era a si própria com uma exatidão milimétrica.
Eu era o único que não era eu mesmo. Eu era diferente. Era eu. Mas não aquele eu que a 25 anos tenho sido. Era apenas eu. Um eu que não era como mais nada, um singular, como todas as coisas, eu;
Minhas idéias voaram com liberdade total naquela tarde. O frio que para mim era incomodo tornou-se esplendoroso e único. A preocupação sempre presente, tornou-se uma especie de sentido aranha. Não mais incomodava, apenas alertava sobre o que era necessário. Todos os sentimentos se manifestavam e depois partiam com extrema perfeição. Minha sensação era a de libertação a um vicio severo.
O mundo tornou-se majestoso e cheio de mistérios, sendo eu um deles.