quarta-feira, 10 de março de 2010

Simulacro do vazio...



N´uma casa de pessoas boas,
feito, tijolo e concreto em estado primo a obra arte;
tem, estado sentado, um conhecido de mesma idade;
N´um canto entre ventilador e parede,
onde um é encosto, outro refrescante;
ele me diz: "você sou eu"

Parecido comigo, mas não pessoa boa,
meu eu atoa, descarrega em doses exorbitantes,
o nada em constante, constancia;
sem mim;

Se pura autoridade, se não, de passagem, ousadia,
eu jamais diria, a mim, a outros, de mim é claro,
"sou você..."

Ele não sou eu, penso.
Ele pensa o contrario, ri a minha expressão;
Pior se eu for ele, confidencia temeraria,
pior, pior mesmo, não existindo explicação.

Descansava de você, vinha ele puxando assunto,
eu nada...

Ta se achando louco né?
eu nada...

Eu tenho a explicação, veio ele me tentar,
conseguiu...

Diga, disse sem pudor, não que tivesse, ele pensa ter.

Ñão é nada não, só que, sou você, você sou eu.

eu nada...