segunda-feira, 12 de julho de 2010

Para minha ex-melhor amiga...




Ouvi dizer, li em algum lugar,
um comentário impertinente, descrente, avassalador,
acertou meu ego com tamanha precisão, feito tiro na cabeça,
essa boca maldita que fala ao próprio cú.

Fui tarjado, rotulado, descrito,
logo eu, que não tenho cor definida,
que meu preocupo em ter um canto suave,
fui denominado: "velho hábito"

Feito apego mesquinho e acomodação,
um julgamento imutável de toda uma eternidade, perpetua-se na lingua da miserável víbora,
e a cascavel quer alfinetar...

Será que já não tem mais pregas?
Nenhuma dor lhe é suficiente?
Suas unhas não estão encravadas?
teu cabelo não necessita de cuidados?
Não ????
então a perfeição lhe faz o mal do universo,
pois sobra o tempo que queria lhe arrancar.
assim como urros de dor,
atropelando os dentes que, um a um, cairão de sua boca.

Cuidado!

Meu ego aflorado é o mesmo que suas palavras tocam,
E eu não o sou,
ele sim, machuca, revida, vinga,
grita ao quatro cantos que és uma prostituta,
que deverias fazer melhor uso da afiada língua,
limpando a própria merda,
e caso não possa,
pra me chamar...
Eu lhe ajudo a arrancar as costelas.