sábado, 19 de setembro de 2009

Sexta camada...


Consumi demais,
Então ela veio, ... descalça,
Libertina, vestia o curto do vestido que lhe torneava as pernas,
Numa das mãos, ... aceno,
noutra, ... luxúria.

Em meu penúltimo trago em confusão, ... a sós,
devorado como madeira,
Inflamei em poesia e pecado,
A traça pequena foi quem me disse,
pego-lhe hoje sem culpa alguma,
pago depois, ... respondi.

E ninguém a via, mesmo intuindo,
o grito vindo da janela aberta,
grunhidos, gemidos, ... eu e ela,

Num casebre de esquina,
feito em frente a outro parque,
de balanço frouxo, desabitado,
com poços sem águas cristalinas,
e sem lei,
Ia e vinha, enquanto me dominava,
desde o toque suave da pele,
a nostalgia, .. penetrava,

A cada centímetro do corpo, ... celestial,
era cada vez mais demonio,
Seus mamilos, cheiro e sangue,
eu a consumia, como se estivesse matando,
queria devorar cada parte, .. possuir,
arrancava-lhe o cabelo enquanto sorria,
nada permitia que parasse,
eu era apenas calor,
nosso sexos, ... um.

Enquanto eu deixava de existir,
Já não distinguia o prazer e meu reflexo no espelho,
um anjo de luz sorriu pra mim, ... venha,
Me levou junto.
De solslaio, indo embora, eu a vi, ... excitado,
dizendo adeus, comendo-a com os olhos,
Ficava para trás enfurecida como o diabo,
eu subia ao céus em velocidade absurda,











Um comentário:

  1. Adoro ler... comer palavras alimenta minha alma! Curti aqui, viu, amigo. Saudadeeee, poha!

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