quinta-feira, 9 de julho de 2009

Quatro cantos...




Eu queria ver os astros,
O escuro e o silêncio largado aos quatro cantos,
Fazer companhia somente as estrelas,
Deixar os meus gritos ecoarem no espaço,

E flutuar por mil anos com endereço errado,
Ver a terra por um retrato de bolso amassado,
Quando eu tiver esquecido vai valer a pena,
Esses dias estranhos que não saem mais de cena,
Nos jornais, na Tv falarão do homem do espaço,
Da minha dor e de minha exclusão.
E do fim dos dias que para mim ainda não foi,
E pra me compreender,
farão biografia do meu amor.

Há cinco mil anos do regresso programado,
sem meus passos, sem seus beijos imaginários,
Eu conjuro sua imagem com o sangue em minha veias,
Aprisionado no amor de suas teias,
E do resto, somente flores e alguns dias de sol,
O perfume e o tom da sua voz,
Um sorriso e um abraço acolhedor,
Esperando acordar,
e temendo o amanhacer.
É estranho, eu sei, mas parti para encontra-la.
Nessa estranha jornada cruzando a galáxia,
Pois sem mundo, meu mundo é andar pelas estrelas,
Procurar vestigios seus em outro planeta.
E quem sabe você não me queira no escuro do mundo,
Vindo me iluminar,
com seu brilho e amor profundo,
E no fim do tunél háverá uma espaçonave,
E você estará lá,
Então tudo fica bem,

Há cinco mil anos do regresso programado, sem meus passos,
sem seus beijos imaginários,
Eu conjuro sua imagem com o sangue em minha veias,
Aprisionado no amor de suas teias...

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