quinta-feira, 2 de julho de 2009

Iniciativa aprimorada...


Já não tenho o que dizer.
Entendo o motivo pela qual as pessoas enegrecem.
Vivo a vida sendo sincero apenas comigo mesmo,
ainda desleal, pra ser honesto.
Meu dias não tem mais parâmetros, horários ou definições,
Qualquer hora é hora e as horas são cenas repetidas,
reorganizadas tantas vezes nesse principo eterno,
sem chegada ou ponto de partida.
Estou desgostoso com o novo,
apaixonado pelo velho,
essa singular forma de ver tudo como vejo,
Já consigo sorrir desfalecendo em transe,
cansado de pensar a todo instante.
Eu sei, preciso me divorciar de meus modos,
dizer adeus para esse meu canto,
onde o nada é um milagre,
um arco-iris de cores cintilantes.
E o que faço com tudo que tenho?
Quem vai regar as flores que plantei?
Minha covardia é não seguir em frente,
por todos os caminhos onde passei.
Vou esperar aqui sentado pela tempestade,
que os furacões venham me levar,
tenho medo do frio da chuva,
por isso me procure no aconchego do meu lar.
E quando chegar não bata a porta,
entre vá em frente, faça.
Pode ser que no mesmo instante,
eu corra de medo e isso não tem graça.

Se quiser, estarei aqui,
podemos esperar os trovões passarem,
e eu lhe faço algo quente pra beber,
mas só se prometer ficar.
Eu sei, não vai ser novela,
nem vai rolar um final feliz.
Esse é mesmo o meu problema,
me encontrar no início e nunca no fim.
Vou esperar do seu lado,
o que há pra se esperar,
Não me diga o que se passa,
eu não preciso saber,
só preciso estar...


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