quarta-feira, 15 de abril de 2009

De repente tudo muda, mas quem muda é você...

Hoje quando acordei o mundo parecia diferente,
Frio como muitos dias, ainda sim diferente.
Meu banho me lembrava algo que não sabia descrever, e se quer saber, ainda não sei.
A escolha das roupas, a programação da tv, tudo conspirava na sensação estranha.
Eu sentia uma intimidade descabida com um dia que eu nem conhecia. Ele se pintava de dia mais feliz de minha vida. Como se eu o houvesse esperado por anos.
O mundo era o mesmo, ainda sim diferente.
Eu mentiria se dissesse que essa sensação não era agradável, ou que me incomodava. Ao sair de casa me senti desperto como nunca. As árvores pela primeira vez, pareciam árvores. Os sons eram eles mesmos, sem nem mais um adjetivo. Cada coisa era a si própria com uma exatidão milimétrica.
Eu era o único que não era eu mesmo. Eu era diferente. Era eu. Mas não aquele eu que a 25 anos tenho sido. Era apenas eu. Um eu que não era como mais nada, um singular, como todas as coisas, eu;
Minhas idéias voaram com liberdade total naquela tarde. O frio que para mim era incomodo tornou-se esplendoroso e único. A preocupação sempre presente, tornou-se uma especie de sentido aranha. Não mais incomodava, apenas alertava sobre o que era necessário. Todos os sentimentos se manifestavam e depois partiam com extrema perfeição. Minha sensação era a de libertação a um vicio severo.
O mundo tornou-se majestoso e cheio de mistérios, sendo eu um deles.

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