quarta-feira, 6 de maio de 2009

Fogo-Fátuo

Branca como a neve,
de vestido longo, descalça.
Cabelo preto, escorrido a altura dos ombros largos,
e o corpo lascivo.
Um gramado vasto,
de céu azul celeste.
Vento que toca a pele com suavidade,
é manhã.
Ela corre segurando a cesta das flores que escolheu,
rosas, assim como ela.
O paraíso.
Em minha volúpia mais íntima,
talvez, invasora de sonhos,
talvez real,
Meu corpo acorda chamado pelo torpor...
Há quanto tempo não desejava?
Há quanto tempo não consumia...
E o gosto dos lábios fica como impressão,
o tato da pele,
o cheiro do pecado
essa grande conspiração.
De louco somente o querer,
essa mania de cegueira que me assola,
que me corrompe, mas não a ela.
Pois querer-me é poesia,
e quere-la é pecado.
Como estamos é magia,
De outra forma, é pouco caso.

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