sábado, 16 de maio de 2009

Outras versões de mim.

Eu adoraria pintar um quadro,
E ainda mais,
Compo-lo em uma canção.
Seria em Dó maior,
Só teria que encontrar um cantor.
Eu adoraria cantar,
E ainda mais,
Fazer poesia de minha voz,
Só precisaria encontrar um poeta.
Não é tão dificil assim...
Eu gostaria de descrever o vento e a alma,
Gostaria de pintar os quadros de minha imaginação,
Reproduzir a trilha sonora de meus sentimentos,
Conectar-me aos outros, sem ser pela razão.

Em minha porta agora bate...você,
Pois se pensar em mim,
estarei dentro de seus pensamentos.
Talvez queira um pouco de privacidade,
mas,
que mal posso lhe fazer?
Se me conhecesse assim por inteiro,
digo,
como eu me conheço.
Saberia o quão bem lhe quero.
E que das pretensoes,
Amizade, intento e amor.
Claro, você talvez guarde segredos,
digo,
em seus pensamentos.
Então entendo o fato de não me querer.

Dessa privacidade descabida,
minha e sua...
Morrem os quadros que pintei com a imaginação,
Os sons que fiz com meus sentimentos,
a poesia que senti ao ve-la.
Pois jamais ninguém vai saber.
Sente o mesmo que eu?
Eu estou ou não em seus pensamentos?
Vai entrar ou não nos meus?
De nada vale ficar aí,
compondo outras versões de mim...

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